Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre!
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A visita de Maria à sua prima Isabel acontece quando Maria se encontrava com poucas semanas de gestação, enquanto Isabel já estava no sexto mês de gravidez. Ao ouvir a saudação de Maria, o bebê estremece no ventre de Isabel, que exclama: “Bendita és tu entre as mulheres, e bendito é o fruto do teu ventre. Donde me vem esta honra de vir a mim a mãe do meu Senhor?” (Lucas 1, 42-43). Maria foi o primeiro sacrário, a primeira a receber Jesus Cristo, a primeira a comungar o corpo do Salvador, concebendo-o em seu ventre. Na eucaristia, cada hóstia consagrada contém o corpo de Cristo por inteiro. Da mesma forma em Maria, desde o primeiro dia da concepção, aquele pequeno ser ainda sem forma já era o Salvador. E mesmo minúsculo e ainda não nascido, Jesus, homem e divindade, manifestou o poder de Deus, irradiando o Espírito Santo, que faz estremecer a criança no ventre de Isabel e a fez sentir a presença do seu Senhor no ventre de Maria. Desde os primeiros dias de vida, o bebê provoca mudanças na vida da mãe e de todos os que o cercam. É o milagre da vida, o momento em que o divino e o humano se fundem. Esta é a resposta bíblica ao questionamento atual sobre o início da vida. Relacionamentos vazios e superficiais e decisões irresponsáveis levam centenas de mulheres no mundo todo a exterminar pequeninas crianças geradas em seu ventre, em nome do suposto “direito de dispor sobre o próprio corpo”. Por que razão se entende que o direito de dispor do próprio corpo permite a disposição do corpo alheio? É hipocrisia iniciar uma discussão inócua a respeito do momento em que a vida começa, de modo a justificar a conduta desumana de quem, aproveitando-se da vulnerabilidade do feto e da sua impossibilidade de manifestar a dor, tenta fazer do aborto um homicídio aceitável. O milagre da vida, que ocorre desde a concepção, não é um bem à disposição da humanidade, mas uma graça que provém unicamente de Deus. Trata-se de um dom divino e, enquanto tal, inviolável e indisponível. Não há diferença entre o respeito devido à vida em suas diversas fases: embrionária, fetal, infantil, adulta, idosa e terminal. Maria não teve medo das dificuldades. Enfrentou o julgamento da sociedade machista da época, enfrentou o preconceito de seu noivo, enfrentou uma longa viagem até Isabel para prestar-lhe auxílio e solidariedade, enfrentou seus próprios receios e dúvidas. Desde o anúncio do anjo, viveu a graça e a plenitude da maternidade, com todo o seu coração e toda a sua alma. E se tornou exemplo de ternura, de doçura, de força, de paciência, de fé, exemplo de mãe. Que todas as mulheres do mundo inteiro compreendam o privilégio e a graça da maternidade, que anseiem por esta graça aquelas que ainda não a vivenciaram e que glorifiquem a Deus aquelas cujos ventres já conceberam! Josiani Gobbi Marchesi Freire Equipe do Site
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