Hoje a liturgia celebra a Festa da Visitação de Nossa Senhora. Reflitamos, então, alguns pontos do primeiro capítulo do Evangelho de São Lucas, versículos 39 a 56.
São Francisco de Assis ensinava a seus irmãos que o ser humano transborda aquilo de que está cheio. Ou seja, se estamos cheios de rancor e mágoa, vamos transbordar rancor e mágoa à nossa volta. Se, ao contrário, nos enchemos de amor e perdão, vamos inundar os que nos cercam de amor e de perdão. Simples assim.
Maria, como o próprio anjo Gabriel reconheceu, era cheia de graça (v.28) e, ao encontrar-se com Isabel, encheu-a da mesma graça: “E Isabel ficou cheia do Espírito Santo” (41b).
A humildade de Maria (“porque olhou para sua pobre serva” - v.48) remete à supremacia de Deus (“porque realizou em mim maravilhas aquele que é poderoso e cujo nome é santo” – v. 49).
Isabel acolheu Maria em sua casa e, por causa disso, a graça pode alcançar a ela e ao filho que trazia em seu ventre. Maria continua visitando a cada um de nós. De que maneira a estamos recebendo?
O encontro entre Maria e Isabel gerou um milagre no coração e no ventre de Isabel. E, a resposta de Maria diante de tal acontecimento foi uma oração, hoje conhecida como o cântico do Magnificat. Ao entoar o Magnificat, Maria exalta a ação libertadora de Deus, mas também narra, profeticamente, a missão que teria o filho que ela carregava no seu ventre, Jesus.
Maria, uma profeta. Maria, uma mulher de fé.
Maria, dócil à ação do Espírito Santo, aprende com Ele a “Acolher a Israel, seu servo” (v.54) e, pondo-se a caminho, mais do que ser acolhida por Isabel na casa desta, acolhe a mesma em seu próprio coração.
“Maria ficou com Isabel...” (v.56). Na Festa da Visitação, como Isabel queremos te convidar: Mãe Maria, neste dia, sede a nossa companhia.
Renata M. B. Torres
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