Na época dos primeiros cristãos “Saulo, porém, devastava a Igreja. Entrando pelas casas, arrancava homens e mulheres e os entregava à prisão” (At 8, 3). E nos dias atuais, há ainda esse tipo de situação onde pessoas são abordadas e aprisionadas em suas próprias casas ou isso é um problema vivido apenas em um passado distante?
As idéias relativistas insistem em afirmar que as “verdades” variam conforme a época e cultura e, para isso, plagiam um famoso versículo bíblico, utilizando-se apenas a primeira parte e modificando o restante: “tudo é permitido, desde que esteja de acordo com o conjunto de pensamentos modernos”. O legal é ser liberal. Há aqui, contudo, uma contradição que afeta principalmente os que desejam viver conforme os valores morais e religiosos. Pois, se “tudo” é realmente “permitido”, pode-se escolher, inclusive, aderir aos mandamentos, por exemplo, certo? Não é o que se vê na prática. O “tudo” tendenciosamente exclui o seguimento, principalmente, da Tradição cristã, de forma que – de acordo com o pensamento relativista - o correto seria dizer “tudo é permitido, exceto seguir a Doutrina”.
Como é bonita a celebração das famosas bodas de prata, ouro ou diamante. O material varia de acordo com o tempo de união alcançado (vide lista completa abaixo). Mas, seria ingenuidade pensar que tais uniões nunca sofreram danos ou enfrentaram problemas. É certo que enfrentaram! E, no entanto, venceram as adversidades a ponto de poder celebrar com seus descendentes, familiares e amigos. Os filhos, netos, bisnetos, e em alguns casos até tataranetos, alegram-se e se emocionam com a festa e com a beleza do amor que manteve unidas duas pessoas por tanto tempo, apesar de quaisquer dificuldades.
Já ouvi muitas histórias sobre casamentos que estavam à beira do fracasso e não ruíram. Seja por esforço do esposo ou da esposa, a instituição venceu as crises advindas. Será que, por mais liberal que seja, há quem realmente não queira viver algo assim? Será que existe quem não almeja encontrar um grande amor e cultivá-lo por toda a vida? A cultura atual, onde tudo é rápido, indolor e descartável, torna desnecessário qualquer esforço em manter o que não oferece prazer imediato. Quebrou? Compre outro. Estragou? Jogue fora. Envelheceu? Troque.
Aos poucos esse pensamento foi transferido também para os relacionamentos, mas de forma tão sutil quanto imperceptível, que ninguém percebeu. Amigos de infância estão fora de moda, o que é uma vantagem, visto que com a correria desenfreada do dia a dia já é difícil manter uma agenda com os amigos atuais, imagine ter que dar conta dos antigos também... Para isso existem as redes sociais, que adequadamente permitem que todos sejam lembrados em seus aniversários por meio de um scrap.
Namoros longos tornaram-se motivo de piada. Para que ficar tanto tempo com uma pessoa? Além de ser “coisa do passado” é quase uma espécie de prejuízo não aproveitar a infinita fila que insiste em querer andar, bem à sua frente. Sobre casamentos, então, basta citar “que seja eterno enquanto dure” para lembrar a filosofia e importância que atualmente muitos conferem à instituição.
Voltando às bodas, seria interessante se, além de lembrar as boas coisas alcançadas durante a vida que tiveram, as costumeiras homenagens feitas aos casais em questão citassem também as dificuldades superadas como motivo de alegria, afinal, foram vencidas. Quantas vitórias sobre desempregos, escassez de recursos e traições; verdadeiras tragédias familiares vivenciadas como mortes, doenças, acidentes... Motivos de dores indescritíveis e impossíveis de lidar na época, mas superados com a força do amor e a graça de Deus.
O “ser feliz para sempre” dos contos infantis não deve ser transferido de forma infantilizada para a vida adulta. Ser feliz no casamento significa construir uma história que certamente trará em suas linhas muitos sorrisos, mas também muitas possíveis lágrimas; significa permanecer junto e enxergar que, à medida que o tempo passa, as coisas ruins ficam pra trás, mas as boas satisfatoriamente acompanham o casal. Como é bom constatar que vovô e vovó (não precisa nem necessariamente ser os seus avós) ficaram juntos! Como é bom perceber que vale a pena lutar pelo amor, que os resultados compensam, que vale a pena ficar junto – mesmo que insistam em dizer o contrário. Há, certamente, muitos filhos e netos que poderiam afirmar isso sobre seus pais e avós.
Mas, e quanto à próxima geração, que tipo de casais estão sendo gerados para elas? Nossos netos, quando adultos, poderão se inspirar em casais que desistem ou que perseveram? Sabemos que “Tudo me é permitido, mas nem tudo convém” (I Cor 6,12). Saber o que é conveniente parece ser a grande questão. Será que casamentos duradouros deixaram de ser um esforço válido ou foram os modismos que os afetaram? Que vovô e vovó possam nos ensinar a perseverar e despertem em nós o desejo de viver um grande amor à moda antiga.
Renata Maria B. Torres
Equipe do Site
As bodas e seus materiais 01º - Bodas de Papel 02º - Bodas de Algodão 03º - Bodas de Couro ou Trigo 04º - Bodas de Flores, Frutas ou Cera 05º - Bodas de Madeira ou Ferro 06º - Bodas de Açúcar ou Perfume 07º - Bodas de Latão ou Lã 08º - Bodas de Barro ou Papoula 09º - Bodas de Cerâmica ou Vime 10º - Bodas de Estanho ou Zinco 11º - Bodas de Aço 12º - Bodas de Seda ou Ônix 13º - Bodas de Linho ou Renda 14º - Bodas de Marfim 15º - Bodas de Cristal 16º - Bodas de Safira ou Turmalina 17º - Bodas de Rosa 18º - Bodas de Turquesa 19º - Bodas de Cretone ou Água Marinha 20º - Bodas de Porcelana 21º - Bodas de Zircão 22º - Bodas de Louça 23º - Bodas de Palha 24º - Bodas de Opala 25º - Bodas de Prata 26º - Bodas de Alexandrita 27º - Bodas de Crisoprásio 28º - Bodas de Hematita 29º - Bodas de Erva 30º - Bodas de Pérola 31º - Bodas de Nácar 32º - Bodas de Pinho 33º - Bodas de Crizopala 34º - Bodas de Oliveira 35º - Bodas de Coral 36º - Bodas de Cedro 37º - Bodas de Aventurina 38º - Bodas de Carvalho 39º - Bodas de Mármore 40º - Bodas de Esmeralda 41º - Bodas de Seda 42º - Bodas de Prata dourada 43º - Bodas de Azeviche 44º - Bodas de Carbonato 45º - Bodas de Rubi 46º - Bodas de Alabastro 47º - Bodas de Jaspe 48º - Bodas de Granito 49º - Bodas de Heliotrópio 50º - Bodas de Ouro 51º - Bodas de Bronze 52º - Bodas de Argila 53º - Bodas de Antimônio 54º - Bodas de Níquel 55º - Bodas de Ametista 56º - Bodas de Malaquita 57º - Bodas de Lápis-lazúli 58º - Bodas de Vidro 59º - Bodas de Cereja 60º - Bodas de Diamante 61º - Bodas de Cobre 62º - Bodas de Telurita 63º - Bodas de Sândalo 64º - Bodas de Fabulita 65º - Bodas de Platina 66º - Bodas de Ébano 67º - Bodas de Neve 68º - Bodas de Chumbo 69º - Bodas de Mercúrio 70º - Bodas de Vinho 71º - Bodas de Zinco 72º - Bodas de Aveia 73º - Bodas de Manjerona 74º - Bodas de Macieira 75º - Bodas de Brilhante ou Alabastro 76º - Bodas de Cipestre 77º - Bodas de Alfazema 78º - Bodas de Benjoim 79º - Bodas de Café 80º - Bodas de Nogueira ou Carvalho 81º - Bodas de Cacau 82º - Bodas de Cravo 83º - Bodas de Begônia 84º - Bodas de Crisântemo 85º - Bodas de Girassol 86º - Bodas de Hortênsia 87º - Bodas de Nogueira 88º - Bodas de Pêra 89º - Bodas de Figueira 90º - Bodas de Álamo 91º - Bodas de Pinheiro 92º - Bodas de Salgueiro 93º - Bodas de Imbuia 94º - Bodas de Palmeira 95º - Bodas de Sândalo 96º - Bodas de Oliveira 97º - Bodas de Abeto 98º - Bodas de Pinheiro 99º - Bodas de Salgueiro 100º - Bodas de Jequitibá Fonte: http://www.portaldafamilia.org/datas/bodas/bodas.shtml
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