Santo Antônio de Sant'Ana Galvão, religioso, Memória
29ª Semana do Tempo Comum - 25/10/2024 Sexta-feira (Ano B - Par)
Conheça a história de Santo Antônio de Sant'Anna Galvão, homem de paz e caridade
Primeira Leitura (Ef 4,1-6)
Leitura da Carta aos Efésios
Irmãos:
1Eu, prisioneiro no Senhor, vos exorto a caminhardes de acordo com a vocação que recebestes:
2Com toda a humildade e mansidão, suportai-vos uns aos outros com paciência, no amor.
3Aplicai-vos a guardar a unidade do espírito pelo vínculo da paz.
4Há um só Corpo e um só Espírito, como também é uma só a esperança à qual fostes chamados.
5Há um só Senhor, uma só fé, um só batismo,
6um só Deus e Pai de todos, que reina sobre todos, age por meio de todos e permanece em todos.
- Palavra do Senhor
- Graças a Deus
Responsório ()
É assim a geraçóo dos que buscam vossa face,
ó Senhor, Deus de Israel.
1Ao Senhor pertence a terra e o que ela encerra,
o mundo inteiro com os seres que o povoam;
2porque ele a tornou firme sobre os mares,
e sobre as águas a mantém inabalável.
3'Quem subirá até o monte do Senhor,
quem ficará em sua santa habitaçóo?'
4a'Quem tem móos puras e inocente coraçóo,
4bquem nóo dirige sua mente para o crime.
5Sobre este desce a bênçóo do Senhor
e a recompensa de seu Deus e Salvador'.
6'É assim a geraçóo dos que o procuram,
e do Deus de Israel buscam a face'.
Evangelho (Lc 12,54-59)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo:
54Jesus dizia às multidões: 'Quando vedes uma nuvem vinda do ocidente, logo dizeis que vem chuva. E assim acontece.
55Quando sentis soprar o vento do sul, logo dizeis que vai fazer calor. E assim acontece.
56Hipócritas! Vós sabeis interpretar o aspecto da terra e do céu. Como é que não sabeis interpretar o tempo presente?
57Por que não julgais por vós mesmos o que é justo?
58Quando, pois, tu vais com o teu adversário apresentar-te diante do magistrado, procura resolver o caso com ele enquanto estais a caminho. Senão ele te levará ao juiz, o juiz te entregará ao guarda, e o guarda te jogará na cadeia.
59Eu te digo: daí tu não sairás, enquanto não pagares o último centavo.'
- Palavra da Salvação
- Glória a Vós Senhor
Santo Antônio de Sant'Anna Galvão, homem de paz e caridade
O brasileiro Antônio de Sant'Anna Galvão nasceu em 1739, em Guaratinguetá, São Paulo. Seu pai era Antônio Galvão de França, capitão-mor da província e terciário franciscano. Sua mãe era Isabel Leite de Barros, filha de fazendeiros de Pindamonhangaba. O casal teve onze filhos. Eram cristãos caridosos, exemplares e transmitiram esse legado ao filho.
Quando tinha treze anos, Antônio foi enviado para estudar com os jesuítas, ao lado do irmão José, que já estava no Seminário de Belém, na Bahia. Desse modo, na sua alma estava plantada a semente da vocação religiosa. Aos vinte e um anos, Antônio decidiu ingressar na Ordem franciscana, no Rio de Janeiro. Sua educação no seminário tinha sido tão esmerada que, após um ano, recebeu as ordens sacerdotais, em 1762. Uma deferência especial do papa, porque ele ainda não tinha completado a idade exigida.
Em 1768, foi nomeado pregador e confessor do Convento das Recolhidas de Santa Teresa, ouvindo e aconselhando a todos. Entre suas penitentes encontrou irmã Helena Maria do Sacramento, figura que exerceu papel muito importante em sua obra posterior.
Irmã Helena era uma mulher de muita oração e de virtudes notáveis. Ela relatava suas visões ao frei Galvão. Nelas, Jesus lhe pedia que fundasse um novo Recolhimento para jovens religiosas, o que era uma tarefa difícil devido à proibição imposta pelo marquês de Pombal em sua perseguição à Ordem dos jesuítas. Apesar disso, contrariando essa lei, frei Galvão, auxiliado pela irmã Helena, fundou, em fevereiro de 1774, o Recolhimento de Nossa Senhora da Conceição da Divina Providência.
No ano seguinte, morreu irmã Helena. E os problemas com a lei de Pombal não tardaram a aparecer. O convento foi fechado, mas frei Galvão manteve-se firme na decisão, mesmo desafiando a autoridade do marquês. Finalmente, devido à pressão popular, o convento foi reaberto e o frei ficou livre para continuar sua obra. Os seguintes quatorze anos foram dedicados à construção e ampliação do convento e também de sua igreja, inaugurada em 1802. Quase um século depois, essa obra tornar-se-ia um "patrimônio cultural da humanidade", por decisão da UNESCO.
Em 1811, a pedido do bispo de São Paulo, fundou o Recolhimento de Santa Clara, em Sorocaba. Lá, permaneceu onze meses para organizar a comunidade e dirigir os trabalhos da construção da Casa. Nesse meio tempo, ele recebeu diversas nomeações, até a de guardião do Convento de São Francisco, em São Paulo.
Com a saúde enfraquecida, recebeu autorização especial para residir no Recolhimento da Luz. Durante sua última enfermidade, frei Galvão foi morar num pequeno quarto, ajudado pelas religiosas que lhe prestavam algum alívio e conforto. Ele faleceu com fama de santidade em 23 de dezembro de 1822. Frei Galvão, a pedido das religiosas e do povo, foi sepultado na igreja do Recolhimento da Luz, que ele mesmo construíra.
Depois, o Recolhimento do frei Galvão tornou-se o conhecido Mosteiro da Luz, local de constantes peregrinações dos fiéis, que pedem e agradecem graças por sua intercessão. Frei Galvão foi beatificado pelo papa João Paulo II em 25 de outubro de 1998, e canonizado em 11 de maio de 2007 pelo papa Bento XVI, em São Paulo, Brasil.
fonte: www.paulinas.org.br