§867 A Igreja é santa: o Deus Santíssimo é seu autor; Cristo, seu esposo, se entregou por ela para santificá-la; o Espírito de santidade a vivifica. Embora congregue pecadores, ela é "imaculada (feita) de maculados" ("ex maculatis immaculata"). Nos santos brilha a santidade da Igreja; em Maria esta já é a toda santa. (CIC).
O Catecismo da Igreja Católica faz referência à luz que os santos irradiam sobre a comunidade, que nos ilumina o caminho a seguir, que nos permite ver as encruzilhadas e as placas de indicação. Os santos não nos alienam e nos cegam para que tenhamos apenas uma saída, eles nos mostram que existe sempre mais de uma via a ser trilhada, mas é possível, com seus exemplos, escolher o caminho certo.
O Papa Bento XVI instituiu uma homenagem na Praça de S. Pedro, no Vaticano, para João Paulo II, em comemoração a sua beatificação ocorrida no dia primeiro de maio. Interessante observar que na entrada do memorial, onde se estende um tapete vermelho, e cujo ângulo de inclinação da rampa oferece uma pequena escalada para o acesso interno (a sensação é de uma caminhada para o céu), distribuem-se peças de uso pessoal, frases escritas ou ditas, fotos e trechos de filmes sobre a vida de João Paulo II.
A homenagem é envolvida pelo som de sua voz, que divide o local em vários ambientes retratando momentos diferentes de sua vida; desde a aclamação como Papa e seus discursos até, finalmente, sua última aparição para os fiéis na Praça de São Pedro, cheio de dificuldades pela doença que o fazia sofrer, mas não conseguia vencê-lo.
É muito difícil não se emocionar com as frases, as fotos do tempo de criança, as lembranças de sua presença e de sua voz, os beijos em cada solo que pisava. O memorial relembra momentos difíceis, como o atentado sofrido em 1981, mas também traz frases que indicam a personalidade do Papa do Novo Milênio: “A vocação de um padre é um mistério. É um mistério de uma “troca particular” – admirável comércio – entre Deus e o homem. O homem oferece sua humanidade a Cristo e assim Ele pode usá-la como instrumento de salvação. Cristo, por sua vez, aceitando esse presente, faz do homem seu alter ego”.
Sente-se João Paulo II, o Beato, o Bem Aventurado e porque não utilizar as palavras do próprio Bento XVI: “sente-se o perfume de santo”. Foi assim que o Papa Bento XVI se referiu ao seu antecessor na homilia de beatificação: “Passaram-se seis anos desde o dia em que nos encontrávamos nesta praça para celebrar o funeral do papa João Paulo II. Já naquele dia sentíamos pairar o perfume de sua santidade, tendo o povo de Deus manifestado de muitas maneiras a sua veneração por ele”. “Por isso, quis que a sua causa de beatificação pudesse, no devido respeito pelas normas da Igreja, prosseguir com discreta celeridade. E o dia chegou porque assim quis o Senhor: João Paulo II é Beato, por sua forte e generosa fé apostólica”.
Depois de caminhar pela vida do Beato, chega-se ao final da exposição e, certamente não por acaso, fica-se de frente a entrada da Basílica de São Pedro, no coração do Vaticano, no centro da Igreja Católica Apostólica Romana.
Francisco Herbet Bezerra de Menezes Equipe do Site
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