Em diversas passagens bíblicas, podemos observar a importância dada à figura do sacerdote e sua relação com a formação da cultura das comunidades. O povo de Deus é um reino de sacerdotes (1Pd 2,9; Ex 19,5s; Ap 1,5s; 5,9s; 20,6). Deve oferecer sacrifícios espirituais (Rm 12,1; Hb 13,15s; Fl 2,17; 4,18) e anunciar a morte, ressurreição e retorno glorioso de Cristo (At 2,42; 1Cor 10,16-22; 11,23-26; Lc 22,7-20). Somos parte deste reino quando nos esforçamos para agir segundo a vontade de Deus, que nos é inspirada pelo Espírito Santo e ensinada pela nossa Igreja através de seus sacerdotes, ministros e doutores.
“A ordem é o sacramento graças ao qual a missão confiada por Cristo aos seus Apóstolos continua sendo exercida na Igreja até o fim dos tempos; é, portanto, o sacramento do ministério apostólico. Comporta três graus: o episcopado, o presbiterado e o diaconado”. (CIC 1536).
"O ministério eclesiástico, divinamente instituído, é exercido em diversas ordens pelos que desde a antigüidade são chamados bispos, presbíteros e diáconos." A doutrina católica, expressa na liturgia, no magistério e na prática constante da Igreja, reconhece que existem dois graus de participação ministerial no sacerdócio de Cristo: o episcopado e o presbiterado. O diaconado se destina a ajudá-los e a servi-los. Por isso, o termo "sacerdos' designa, na prática atual, os bispos e os sacerdotes, mas não os diáconos. Não obstante, ensina a doutrina católica que os graus de participação sacerdotal (episcopado e presbiterado) e o de serviço (diaconado) são conferidos por um ato sacramental chamado "ordenação", isto é, pelo sacramento da Ordem. (CIC 1554).
Em virtude do sacramento da Ordem, os presbíteros participam das dimensões universais da missão confiada por Cristo aos Apóstolos. O dom espiritual que receberam na ordenação prepara-os não para uma missão limitada e restrita, mas para a missão amplíssima e universal da salvação até os confins da terra, com o espírito pronto para pregar o Evangelho por toda parte. CIC (1565).
Os padres exercem sua sagrada função principalmente no culto eucarístico, no qual, agindo na pessoa de Cristo e proclamando seu mistério, unem os pedidos dos fiéis ao sacrifício de sua Cabeça e, até a volta do Senhor, tomam presente e aplicam no sacrifício da missa o único sacrifício do Novo Testamento, isto é, o sacrifício de Cristo que, como hóstia imaculada, uma vez por todas se ofereceu ao Pai. É desse sacrifício único que retiram a força de todo o seu ministério sacerdotal. (CIC 1566).
A celebração da ordenação de um Bispo, de presbíteros ou de diáconos, devido à sua importância para a vida da Igreja particular, exige o concurso do maior número possível de fiéis. Deverá realizar-se de preferência num domingo e na catedral, com uma solenidade adaptada à circunstância. As três ordenações - do Bispo, do padre e do diácono - seguem o mesmo movimento. Seu lugar é no seio da Liturgia Eucarística. (CIC 1572).
Portanto, a Igreja ensina que todos reverenciem os diáconos como a Jesus Cristo, como também o Bispo, que é imagem do Pai, e os presbíteros como senado de Deus e como a assembléia dos apóstolos: sem eles não se pode falar de Igreja.
Francisco Herbet Bezerra de Menezes.
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