Folquert era um jovem rico, que morava na cidade de Alkmaa, na Holanda. Seus pais investiam em seus estudos, mas como era um jovem rebelde, vivia escondido, entregue aos prazeres mundanos, a bebedeiras e jogos de azar.
Contudo, seguindo seu temperamento rebelde, o jovem Folquert ingressa no Exército de Jacobo de Baviera. Chegou a participar da batalha de Hoorn, na qual matou muita gente.
Acredita-se que após esse episódio, traumatizado e atormentado por sua má conduta, o jovem resolve voltar aos estudos, só que desta vez, com o intuito de se tornar sacerdote.
Em 1429, celebrou sua primeira Missa na Igreja de São Lourenço em Alkmaar. Contudo, considerava-se um sacerdote indigno, pois havia escondido de seus superiores o fato de ter matado muita gente; de repente, por achar que não o ordenariam se descobrissem este segredo.
Pois bem, depois da consagração, ao tomar o sangue de Cristo, deixou cair 3 gotas em sua casula, que deixaram-na manchada de sangue. Ao final da Missa, ainda nervoso e apreensivo, resolveu recortar o pedaço de tecido que estava manchado e queimar. Para sua surpresa, milagrosamente, o fogo não conseguia destruí-lo. Com medo, o sacerdote decidiu esconder o tecido manchado atrás do altar.
Passado alguns anos, um capitão de navio enfrentava uma tempestade violenta perto da Costa. Inclusive, sentia que o navio iria afundar, e que a morte estava próxima. Então, em meio a angústia durante a tormenta, um anjo apareceu e contou-lhe o milagre que havia acontecido em 1429 e que se ele prometesse revelar o local onde estava a relíquia, o anjo o livraria da tempestade. E assim foi feito.
O pároco encontrou o tecido, relatou o fato ao bispo de Utrecht o qual declarou a autenticidade do milagre e para que tão preciosa relíquia fosse devidamente venerada mandou forjar um anjo de prata que segura nas mãos o pedaço da casula.
Depois de 1566 as autoridades municipais protestantes proibiram o culto católico das relíquias. Para evitar que fosse profanada, ou destruída, esteve escondida durante muitos anos até que por volta de 1885 o bispo de Haarlem, Mons. Gaspar Bottemanne, retomou a veneração da Santa relíquia Em 1902 foi feito uma nova imagem do anjo, desta vez em prata de melhor qualidade.
A partir de então a relíquia fica exposta todos os domingos aos olhos dos fiéis num altar lateral da igreja, conhecido como o Santo Altar do Sangre Consagrado.
Fonte: www.cleofas.com.br
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